“No último paragrafo da carta de apresentação desta equipa, como candidata ao Conselho Executivo, referimos que só conseguiremos levar a bom termo este desafiante projeto com o apoio de todos e cada um de vós e, por isso, contamos continuamente com a vossa preciosa colaboração, fundamentada na vossa experiência, dedicação, profissionalismo e espírito de entreajuda.
É precisamente por aqui que começo esta intervenção, nesta simples cerimónia de tomada de posse, colocando a silaba tónica na conjugação de esforços que deve estar subjacente à nossa profissão ou antes, à nossa missão. Este desafio, que ainda não sabemos bem que dimensão tem, garantidamente tem como ponto de partida e de chegada, a sublime causa de educar e é neste sustentáculo que nos temos de centrar, bem como toda a nossa ação que, estamos certos, apesar de todas as dificuldades que eventualmente possam surgir, se não perdermos este horizonte de contarmos com todos, estaremos, sem dúvida, bem mais preparados e entusiasmados para continuar a dar sempre o nosso melhor. Que esse melhor seja sinónimo de tudo fazermos para promover o sucesso de todos quantos estão entregues à nossa responsabilidade e que, infelizmente em cada vez maior número, só podem contar connosco.
Precisamos continuar a adequar permanentemente o processo educativo ao contexto da contemporaneidade dos alunos de modo que eles consigam vislumbrar algum objetivo no horizonte do seu percurso académico que lhes faça sentido.
Precisamos dar primazia à valorização pessoal, reforçando a autoestima e, por conseguinte, estimular o desenvolvimento das espectativas, por vezes demasiado baixas, em relação ao seu futuro.
Desta feita evidenciamos que o nosso compromisso é com o sucesso, não apenas com aquele sucesso das estatísticas, que mais não serve a não ser para isso mesmo, mas antes com o sucesso comprometido com a educação integral e com a preocupação pela integração social daqueles que, sendo agora o nosso presente, em curto espaço de tempo, com pior ou melhor preparação, são os que orientarão o nosso futuro.
Se há algumas décadas atrás perguntássemos qual a instituição mais importante da sociedade, decerto, unanimemente, diríamos que era a família. Hoje, mesmo sem levantar tal questão, dir-se-ia que, patenteada pela autoridade de idêntica unanimidade, atribuímos à escola essa mesma importância. A escola hoje é invadida pela incumbência de formar, educar, acompanhar, incentivar, alimentar… Desta feita, sem grandes dúvidas, estamos convictos e acreditamos que a instituição mais importante que cada país, região ou concelho tem, é a sua escola. Somos por isso convocados e impulsionados a sentir essa responsabilidade em simultaneidade com a alegria de, pela vocação que transforma a nossa profissão em missão, fazermos parte, como agentes de primeira linha, do projeto de construção do futuro de tantos. Bem-haja a todos por isso.
Senhor Vice-Presidente da Câmara, até hoje, sempre contamos convosco. A partir de hoje esperamos continuar a contar e, se possível, redobrando a nossa expetativa em relação a este compromisso que partindo de prossupostos diferentes, complementam-se e concorrem para o mesmo objetivo. Com ou sem ProSucesso, continuamos apologistas de que a educação, com tudo o que encerra em si, não diz respeito apenas ao contexto escolar, o contexto intramuros, mas a uma sociedade, no nosso caso, concelhia, que deve ter nos seus planos a conjugação de sinergias para desenvolver plenamente o processo evolutivo das gentes e das instituições e isto só é possível na e com a educação. Neste sentido, fica a nossa promessa de que o havemos de chatear muito.
Não poderia deixar de dirigir aos colegas que agora terminam as suas funções no Conselho Executivo, Nélia Miranda, que sai do cargo de Vice-Presidente e Nuno Amaral que transitará para a assessoria do Conselho Executivo, o nosso profundo reconhecimento, agradecimento e admiração por tudo quanto deram por esta quase transcendente causa, a partir, também, do exercício das funções que agora findam. Jamais avançaria com ou em qualquer lista, se eles tivessem optado por uma recandidatura, mas ao dar este passo, de forma consciente e solitária, visto que decisões destas são iminentemente individuais, senti desde a primeira hora o conforto do apoio de ambos e o compromisso de, numa lógica de transição pacifica e pautada pela mais elevada ética profissional, como sempre deveria acontecer, nos ajudar neste penoso arranque. Muito obrigado!
A todos os colegas e assistentes operacionais que integram esta Unidade Orgânica e que depositaram ou não, a sua confiança nesta equipa agora empossada, a nossa gratidão e compromisso de tudo fazermos para que esta escola continue a ser considerada por todos a sua segunda casa. De todos estes e já destinatário do supradito, acrescento um reconhecimento particular pelo facto de disponibilizarem do seu precioso tempo um pedaço de tarde para nos acompanhar também nesta cerimónia de posse. Obrigado.
Permitam que me dirija, também, aos colegas Lília e Óscar para enaltecer a coragem, predisposição, creio que confiança mútua e um certo K de masoquismos e loucura, para encetarmos juntos e em complementaridade este caminho desafiante de “estar para”, “estar em” e “estar com” a comunidade educativa.
Sem mais delongas, termino, desejando a todos a força e coragem necessárias para cumprirmos a nossa missão, que é tão vasta quanto o significado da palavra servir. Preocupemo-nos sempre por realizar aquilo que nos compete mais do que nos imiscuirmos naquilo que os demais não cumprem. Ir para casa com o sentido de dever cumprido é condição promotora de consciência tranquila. No entanto, chegar ao final do dia extenuados pela preocupação com o que os outros fizeram ou deixaram por fazer só fomenta a irritabilidade e não adianta serviço algum. Pautemos o nosso serviço pela abertura, sinceridade pedagógica e relacional e diálogo construtivo. Se assim continuar a acontecer estou certo de que a nossa escola continuará a ser lugar gerador de empatia e de significativo sentido de familiaridade.
Muito obrigado.”